Este trabalho surge de alguns desejos…

O primeiro foi de compor uma trilogia de canções, inspiradas nas obras de três poetas que me acompanham desde o meu primeiro trabalho autoral, são eles: Mário Quintana, Cecília Meireles e Manoel de Barros.  As canções foram compostas em parceria com o músico, amigo e filósofo Paulinho Brandão. A partir desta trilogia de canções surgiu mais um desejo, o de compor uma história/peça/obra que entrelaçasse as canções de tal maneira que elas se tornassem uma coisa só. 

Assim nasce “No Grito Do Temporal”, uma composição que leva os ouvintes a uma experiência imagética, trazendo nas letras e nos poemas que permeiam a composição, referências literárias das obras dos poetas escolhidos. Ao longo da composição, “No Grito Do Temporal” procura evocar diferentes escutas, sensações, imaginações e, de forma subjetiva, coloca em evidência as referências proporcionadas pela inspiração em cada poeta.

Este trabalho busca uma estética plural da música popular brasileira e explora, de forma livre e renovadora, sua sonoridade instrumental, seu mundo percussivo e sua canção. A proposta da instrumentação é a união de um trio de percussão à um trio de flauta, piano e violino, à voz. Com influência da sonoridade instrumental brasileira e com uma pesquisa por timbres, levadas e sonoridades percussivas da cultura do nosso país.

A formação instrumental do projeto é composto por três percussões (Gabriela Silveira, Fernanda Camilo e Túlio Bias), piano (Carla Pronsato), flauta (Maiara Moraes), violino (Mathilde Fillat) e voz (Gabriela Silveira e Paulinho Brandão).